Albosi : E quem lhe rói os Ossos?

Somos tão apegados às memórias porque elas não mudam mesmo que as pessoas já não existam.

Desde que o avô nos deixou, eu e a avó temos sido caçadoras de recordações. Que sons nos transportam? Em que fotos nos reconhecemos? Que objetos ainda contêm as impressões dos dedos?

Este é o resultado da tarefa arqueológica de desenterrar memórias sensoriais, de uma vida a dois, dobrada sobre os ofícios, amarrada aos rituais de fé e à terapia epistolar dos familiares.

Criar um espaço íntimo que servisse de janela aberta para a herança que nos deixou o sangue e o suor, foi a melhor forma de honrar a sua luta. Sintam a passagem anatómica do tempo, no laboratório dos fragmentos do ser, através das caixas sensoriais. Componham comigo a sinfonia do tempo.

Biografia

Mariana Lisboa, nascida em Maio 1997, na Guarda.

Possui o 8º grau de Guitarra Clássica do Conservatório São José da Guarda, concluído em 2015. Frequenta atualmente o 3ºano do curso Jazz, na vertente Guitarra Jazz, na Escola Superior de Música de Lisboa. Atuou em diferentes salas do país e estrangeiro com a orquestra Guitarrafonia entre 2010 e 2015:: Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda a solo com a orquestra do Conservatório São José da Guarda, Cine-Teatro da Covilhã, Teatro de Castelo Branco, Museu Serralves, Casino Estoril e Festival Allegro Mosso (Itália).

Em 2018 participa no projeto “Fragmentos Sonoros” com o Tiago Sami Pereira.. Em 2021 integra o projeto LX30 com o Hugo Farinha no âmbito de uma residência artística INCENTIVART no Teatro Municipal da Guarda, do qual nasce o álbum “Parabundei”. Em 2022 toca a solo no Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda com repertório jazzístico.

Traz-nos uma peça plástica e áudio.

Registos da Obra

Áudio