Inês Costa : Medo ao vazio

Medimos a passagem do tempo em imagens. Queremos agarrá-lo, prendê-lo, tê-lo conosco para mais tarde. Para quando aquilo que capturamos já tiver acabado, podermos viver na ilusão de que ainda o temos. Contamos histórias com estas fotos, mostramos os nossos gostos, por onde andamos, com quem estamos. A fotografia enquanto ferramenta de memória, que sucede a escrita e a oralidade, tornou–se já objeto comum no mundo globalizado e digitalizado. Antes um exemplo de status, hoje objetos impressos empoeirados. A partir de 50 slides fotográficos de uma família que viaja o mundo durante a década de 1960, a obra audiovisual usa e apropria-se das imagens para criar uma viagem que explora as relações entre imagem e memória, esquecimento e morte.

Biografia

Inês Costa (Viseu, 1998) é formada em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes do Porto. Artista audio-visual, trabalha com fotografia, vídeo e animação, apropriação de arquivo, recortes, bordado e testemunhos orais, partindo do documental para a ficção, procurando uma relação de intimidade com a imagem enquanto objeto de estudo e ferramenta de comunicação..

Vencedora do prémio de aquisição da FBAUP (2020) com o seu projeto final de curso “Toque” e do prémio de Melhor Filme Local no festival Vista Curta (2021) com “Amélia”, uma curta de animação sobre a profissão de costureira, em Portugal do Estado Novo, a partir do testemunho da sua avó.

O seu trabalho audio-visual fez parte da seleção oficial de vários festivais nacionais como Entre-Olhares, Curtas Vila do Conde, Vista Curta e Porto/Post/Doc.

Traz-nos uma peça audiovisual

Registos da Obra

Áudio

Vídeo